sábado, 16 de maio de 2009

De onde viemos? ou Para onde vamos? (Dia 4 - 17.maio)

Mais: consegui baixar minhas fotos todas (ate agora) para o Picasa, e o link é esse:

http://picasaweb.google.pt/fernanda.giu/Lisboa02?feat=directlink

Faltam legendas, claro, mas é impossível fazer isso. Cansa e demora. Me avisem se deu certo ou errado o link. E nao reparem, deve ter um monte de foto ruim. Faz parte.


Alguém sabe me dizer se depois que baixei as fotos online no picasa posso deletar da camera? Ou seja, posso pegar as fotos todas em alta depois e tal? Quem souber, responda rapido!

Bom, hoje falarei sobre a parte leste de Lisboa, onde fica a Torre de Belém.

Antes de ir, dei uma passadinha na Sé daqui, que fica bem pertinho do meu hostel. Legal.




a nave e um vitral da Sé de Lisboa

Dali, fui para a vizinha e tradicional e já citada praça do Comercio, onde peguei o superbonde 15 (superbonde porque nao é do antigao - nada a ver com a telefonica) rumo a Belém. Esse bonde é refrigerado, "fala" cada paragem e também nos letreiros internos (os externos sempre funcionam, diz os minutos e é verdade. Pra Sao Paulo ver).

A Torre de Belém é bem famosa e está mesmo em latas de azeite que compramos baratinhas ai no Brasil, por exemplo. E ela é a última parada ao leste das coisas turisticas, entao resolvi ir ate ela e depois ir voltando e passando pelas outras coisas. Perdi a paragem e voltei de autocarro mais duas - meu bilhete Lisboa Card continua funcionando, ou seja, nao paguei.

Da Torre diziam ter partido as caravelas rumo ao Brasil, mas nao foi dali, nao. Acho que ela é de 15oo e tantos, entao dali sairam outras embarcaçoes para outras paragens (paragem é parada, aqui - isso serve para os autocarros, ou seja, onibus). Linda, servia tambem como um forte (como todas essas construçoes que fui e que nao sao igrejas) e ali está tudo explicado. Alias, aqui todos os museus estao muito bem sinalizados, há mesmo uma preocupaçao autentica de modernidade frente a tanta velharia (no bom sentido).

Na Torre, havia sala de refeiçoes, de oraçoes, de conferencias militares, de canhoes, dessas coisas de gente preocupada em descobrir uns além-mares, sabem?


agora sei porque as portugas usam aqueles lenços: aqui venta MUITO, o tempo todo


por isso, passei a andar assim



could you please take a picture?



recorte



ela inteirinha



Tinha uma música sempre rolando ao longe, e eu achei que era na Torre. Uns Frank Sintatras, umas Garotas de Ipanema. Daí, vi que aqui também tem uns bolivianos na praça com aquelas caixas de som, e a flautinha inca-asteca-maia.

De lá, saí andando (é perto) para o tal do monumento Padrao dos Descobrimentos. Nao me perguntem o porquê deste nome, nao descobri. É bonito, mas é meio estranho. Tinha um grupo tocando umas gaitas de fole e nao sei de onde eram. Mas daí sim, acho que as caravelas sairam. Mas que diferença faz agora se daqui ou dali?

Eu queria mesmo era ir pro Mosteiro dos Jerónimos.

No caminho, havia uma degustaçao de vinhos e parei pra ver (e degustar, claro). Depois de uns golinhos, comecei a conversar com o produtor de uma das cavas. Ele me explicou tudo e mais, e eu entendi! Essa coisa meio viada de odores de pinho, almiscar, rosas e notas de madeira nunca me fez a cabeca. Pra mim é: forte, fraco, com mais tanino, com menos, encorpado, menos. Algo mais leigo e feliz. Fiquei em dúvida entre um mais forte e outro menos. Detalhe: custava 3 euros a garrafa. Ele me convenceu a levar o mais forte ("é um vinho que se mastiga"). Ok. No fim, chegou me dizendo, com uma embalagem profissional, que ia me DAR os dois que eu queria. Tentei nao aceitar por 10 minutos, mas nao houve jeito. Sai feliz com o regalo, mas com um mico de 1 kg e meio nas maos e mais o Mosteiro pra visitar e tal.


esse baldinho era pra cuspir os degustes



o mico do vinho antes do Jerónimos



esse é o mosteiro por dentro, um pedaço



Fernando Pessoa está sepultado aqui. Eu e Ele.

O mosteiro é ótimo e tem uma parte bem legal, que mostra a genealogia da dinastia portuguesa. Entao la vai um infografico genealogico:


nosso d. pedro II é IV para eles. um info


De lá, segui pra famosa pastelaria Pasteis de Belem, que de tao turistico, deixou de ser legal. Era tao cheio que duas venezuelanas me convidaram a sentar na mesa delas (os latinoamericanos sao muito cordiais e por enquanto sao os melhores. Devo confessar que estou fugindo de estrangeiros europeus, porque to com preguiça de falar ingles.) E os pasteis nao sao nada de melhor dos que comi em outros lugares (pros que sabem que eu nao gosto de doces, esse nao é doce, é gostoso, porque nao é exagerado).

Também devo registrar: os lisboetas sao muito mal humorados, eles encaram perguntas como "quanto custa" ou "esse autocarro vai ate o Rossio?" como ofensas, quase. Respondem: "é doishienquanta, oras, nao sabias?" ou "vai shó até o fim, ó pá". É um mal-humor intrinseco. Nash-chido nalish. (traduçao: nascido neles)


Pra completar o dia, saí do mosteiro (tinha saido de casa as 11h, isso ja eram 16h30) e fui ate o Cais do Sodre, uma importante estaçao de comboios, metro e autocarros, que ainda tem ao lado a estaçao fluvial para Cacilhas.

Cacilhas fica do outro lado do Tejo, e o barco que vai até lá custa 2,12 ida e volta (aqui os cêntimos, como sao chamdos valem de verdade, eu tenho um monte de moedas de 1 e 2 que servem - a ver se é assim na Europa inteira).

Dura uns 5, 10 minutos a travessia. Cheguei lá sem aguentar mais carregar aquele fardo, mas pensava sempre: duas garrafas de vinho bom de graça. Minhas maos ja estavam vermelhas, pré calo. Eu revezava as maos e o jeito de carregar. O povo me olhava feio. E eu nao queria saber. TInha resolvido ir até o topo de Almada (Ricardo e Laura, estive lá!), onde fica Cacilhas. Mas em Almada fica também o monumento do Cristo Rei, uma cópia barata do nosso CR do Rio. Eu nunca estive na imagem do Rio, entao resolvi subir lá na portuguesa.


eu fui no deles, mas o nosso deve ser melhor

A questao é que bem nesse dia o acesso ao monte esta interditado, e eu sabia que tinha uma procissao/missa ali. Mas achava que nem era nada demais. Esperei o onibus 101 durante uns 10 minutos e descobri por causa de uma velha louca que falava portugues (mas parecia armenio), que o busao nao ia passar. Tinha uns modernos do meu lado e eu resolvi propor rachar um taxi ate onde desse. No caminho, soube que eram do Chipre (onde é esse diabo desse lugar mesmo?).

Saí do taxi e comecei a andar rapido. Queria chegar logo e vi que a coisa era maior do que eu achava. Sem querer ofender ninguem, mas eu nao sou catolica e nem sigo qualquer outra religiao. E quando eu vi, estava como num culto em Aparecida. Juro. Por Deus.

Só que eu já tava muito cansada, e eu tinha ido ali pra ver a tao falada vista (como nao passava onibus, eu tive que subir todas as ruas a pé). E depois, me meter no meio da multidao pra chegar no ponto:


can you please take a picture?

Voltei andando (muito), peguei um autocarro (com umas senhorinhas solicitas) ate o cais, e comi uma açorda de gambas (é um caldo onde eles poem pão e deixam ele inchar com o caldo e depois, por baixo colocam um ovo cru e por cima umas gambas (camaroes grandes), e na sua frente eles misturam caldo, ovo, a gema laranja e mole, as gambas, o pao que se aparece, o cheiro...


ele disse que deveria ter fotografado a parte do ovo

Voltei pra Lisboa e dormi. Com a cabeça cheia de lisbonices.

Proximo post: dúvidas e acertos



6 comentários:

Max Costa disse...

Dona Suricataaaaa!
Nos auto retratos tá sempre com um carão! Abre teu sorriso deslumbrante! As 'câmeras' agradecem, e nós também.
O álbum do Picasa tá muito legal.
Sodad

érica disse...

Faço coro com o Max!!!!

Beatriz Antunes disse...

Oi, fiz um post sobre você. Tchau, vou ler o post só agora.

Oi de novo, esqueci: tá contratada! (Se um dia eu tiver uma revista te jogo no mundo pra contar como foi)

Tchau, COLUNISTA.

Beatriz Antunes disse...

Oi. Li. E... HAHAHA: "Eu fui no deles, mas o nosso deve ser melhor". Sério, meu: HAHAHA.

Clayton disse...

Kd tu?

érica disse...

hum.. a viagem tá asssim, tão boa, que a fer anda fazendo segredo...