sábado, 16 de maio de 2009

O começo continua (dia 1 - 14.maio)

Primeiro, que bom saber que estou sendo acompanhada por tão queridas pessoas. Prometo responder um a um nos próximos posts. Ainda estou no efeito retardatário, então ainda é o começo, porque essa coisa de jetlag realmente influi na condição da pessoa. Estamos no fim do meu terceiro dia, os horários ainda estão trocados e ainda falo sobre o primeiro dia. Lá vamos.

Ainda no primeiro dia, depois de andar pela vizinhança do albergue, voltei pra pegar meu quarto e, sim, devo confessar algo: eu rearrumei a mala. Tava tudo mal diagramado, e fiquei um tempo reorganizando as coisas. Tomei uma duche (como cá se fala), coloquei o pijaminha e dormi das 16h às 20h (ou do meio dia às 16h, no meu fuso). Daí, conheci um pessoal da América do Sul: duas peruanas, um panamenho e um mexicano (desgripado). Fomos comer algo e me deliciei com o primeiro bacalhau auténtico, feito da mesma maneira que o famigerado polvo, ou seja, à Lagareira. Eu achava que Lagar era uma cidade, mas descobri que é o local onde se pisam as azeitonas para preparar o azeite (via Wikipedia). É assim: a carne é cozida e depois grelhada, ou melhor, assada em brasa. Daí, por cima se jogam cebolas e alho às fatias, mais coentros (sim, eles falam no plural), batatas à murro e uma piscina de azeite. Ali conheci melhor meus colegas latino-americanos: se conheceram em Madrid, todos estudam sobre direitos humanos lá. Bem bacanas, eles.


o Bacalhau à Lagareiro e a entrada: presunto cru, uma espécie de salame, um queijo de leite de vaca e outro de ovelha (o cremoso), este último já figurando na lista de tops.

Do bacalhau, fomos passear pelo Bairro Alto. É assim: eu estou na Baixa, que é colada ao Chiado, que é colado ao Bairro Alto. Tudo bem pertinho mesmo. O Bairro Alto é tipo uma Vila Madalena, ou talvez mais como o Pelourinho. É lotado de gente, fica bastante bar, restaurante e casas noturnas abertas até alta madrugada. Não é bem o tipo de lugar de que gosto muito, tem muita gente, é uma gritaria só: os jovens portugas andam de capa e gravata _isso mesmo_, e andam gritando, mas a gritar imenso! É um contraponto à quantidade de pessoas velhas que se vê pelas ruas durante o dia. São realmente MUITOS velhos, e bem com cara de velhinhos(as) portugueses(as) bigodudos(as) e mal-humorados(as).). Lá no Pelô daqui se ouve muita música brasileira (mas meio ruim, tipo uns Djavan, aquela música Andança, sabem, essas músicas de barzinho de música ao vivo, aí rola uns "sambas", e é tudo meio mal tocado, e a turistaiada se esbaldando. Tem caipirinha (ruim, provalvelmente) pra todo lado. Eu não tomei, que isso tem no Brasil. E tem umas casas de fado pra turista e umas do chamado "fado vadio", que é o equivalente a quando dizemos "samba de raiz". Ou seja, uma coisa mais de verdade. E mais legal).

Bom, ficamos por ali até tardão e voltamos pro albergue, quando fiquei escrevendo o post anterior. Fui dormir às 5 da manhã. Sei lá quantas horas sem dormir direito. No segundo dia aconteceu o mesmo, e hoje me prometi que vou dormir cedo (apesar dos alemães super barulhentos na sala), então hoje só amanhã.

Estou tentando descobrir um jeito de colocar as fotos no meu Flickr, mas não estou conseguindo fazer isso sem que tenha que subir uma a uma, o que não tem nenhum cabimento. No Picasa, também não consegui em lotes. Se alguém tiver uma dica ou solução, me avise.

No próximo post: o segundo dia, o ma-ra-vi-lho-so Castelo de São Jorge e mais aventuras lusas.

Abraços azeitados.

5 comentários:

lilli disse...

oi fer! tô adorando o blog! já foi comer o pastelzinho de belém? come um por mim!
vc levou seu computador? pq daí dá pra instalar o flickr uploader e vc consegue subir várias imagens de uma vez. tem aqui, ó http://www.flickr.com/tools/
beijo.

Giselle disse...

Sua viagem rende um roteiro gastronomico! Uhn, tem passeio pra pisar em azeitonas? ai depois vc pisa en uvas!!
bjos!

Max Costa disse...

Emocionante!
Quero uma velhinha bigoduda pra cozinhar pra mim! Adoro as fotos dos pratos!
Pra você, um mar de azeite e outro de vinho!

Beatriz Antunes disse...

Falei, falei! Não se fica sozinho jamais quando se viaja sozinho, chega a ser uma praga. No seu caso, vejo que não: se deu bem. Ótimo. Quanto às fotos, só dá pra subir de bando com o software do Picasa (o mesmo, pelo que vejo, acontece com o flick). Mas a escrita está tão bem feita que VEJO tudo. Beijos

Jan disse...

Traz um pedaço de polvo e outro de bacalhau na mala?
Belos relatos, Fê!
E cuidado com os portugueses, pá! Nada difícil arrumar um tuga e se encantar com o sotaque dele!
Beijos!!!