sábado, 16 de maio de 2009

Modernidade, consumo e cultura (Dia 3 - 16.maio)

(o post de hoje tem mais fotos, mas ainda nao sei como fazer para virar as fotos verticais, que teimam em sair assim. mayra, clayton, bia, bloggers, me ajudem! nao tenho photoshop aqui! como fazer? enquanto elas nao vir)

Como a virada cultural da noite anterior foi forte, acordei tarde de novo e resolvi ir até a parte mais nova da cidade.

Peguei o métro (que é bem bom) e cheguei na Praça de Espanha, para ir ao Museu Gulbenkian. Parece que o Calouste Gulbenkian era um arménio bilhardário que colecionava arte, e daí fez esse museu/parque/fundaçao lindos.


essa é a lateral de um dos predios enormes, logo na entrada

O lugar é super grande, tem vários espaços, museus, fontes, laguinho, teatro de arena, rincoes escondidos, espelhos dágua: um parque maravilhoso. Tipo do lugar que dá vontade de ter na sua cidade pra poder ir sempre.

Comecei pelo museu de arte antiga. Tinha Egito, Roma, Grécia antigos, tapeçarias e outras cositas de arte decorativa do oriente. Confesso que passei meio rapido por isso. É algo bacana, mas nao me atrai tanto. Aí começava o de arte europeia dos seculos 17 a 19. Ali tinha coisas que eu desconhecia, mas lá estavam Rembrandt, Degas, Manet e Monet, Rodin, Willian Turner (um dos meus preferidos na adolescencia), Corot, uns holandeses ótimos, fora coisas que agora eu esqueço, peças antigas da época pré-revolucao francesa (fico imaginando a hora que eu chegar em Paris, em Versailles, por exemplo). É bem emocaozinha quando você vê aquelas pinceladinhas e entende o porquê de tanto alvoroço. Quando você vê ali, que diferença daquela reproduçao mal feita dos livros... É como se aí sim voce entendesse o valor dos caras.






indo pro museu de arte moderna

Dali, ainda fui ao museu de arte moderna no mesmo parque, e havia coisas preciosas do modernismo portugues, que a gente, claro, nao conhece, e mais outras coisas de figuroes do modernismo. Alem de uns contemporaneos muito bons.

Bia, tinha uma parede pro Fê Lemos nessa parte.


as fotos do grande Fernando Lemos realmente sao sensacionais

Saí de lá com a alma lavadinha. Bem bom. Ah, e na saída, ainda fui a expo do Darwin, que é otima para crinaças e adultos. E olhem so o que havi ali, dentre tantas coisas (quem sabe de minha paixao por suricatos, entende):


um surilouco, cuidando de seu bando confinado

Saindo, me perdi em círculos na Praça de Espanha (fiquei com o mapa igual uma imbecil, sem saber em qual das ruas da rotatória deveria seguir), perguntei prum cara que sabia menos que eu ó pá, e fui andando na rota certa finalmente até a loja de departamentos El Corte Inglés.

Deveria ter desconfiado quando resolvi seguir uma dica de viagem de Danuza Leão (do livro "Fazendo as Malas" que a Bia me emprestou e li em 3 horas): ô lugar caro do caraças!!


a entrada da maluquice

Primeiro que o lugar é tipo uma C&A, mas 874 vezes maior. E tem livros, móveis, cama, mesa e casa de banho, pesca, nautica, armas, masculinas, infantis, jovens, modernas, esportivas, ligeries, pendrive, macintosh, tv, perfumes, cosmeticos, cinema, restaurante, esqueci algo? Claro que sim.

Bom, comecei a ver preços de notebook, e confesso que até valia, mas o problema é o teclado. Resolvi comprar na volta mesmo, peso e paranoia a menos na mala. Fui pra parte de mulheres e depois jovens.

Comprei um tênis, porque o AllStar REALMENTE não presta para caminhadas (e o meu já tem anos, está precisando ir pra doação). E mais uma saia, e mais uma malha, e me controlei pra não comprar um casaco, porque ele era legal, mas nem ficou tao bem, e era caro! Alias, tudo o que eu gostava custava 200 euros. Isso nao e diferente no Brasil. Olho, olho, olho, e quando gosto: 200 reais, ou mais. É o preço do bom gosto (risos).

Apesar de adorar coisa boa, nova, etc, estou muito acostumada a nao gastar, nao só pela falta de dinheiro, mas mais por uma natureza nao consumista, talvez. E aqui, fiquei no "barato". Ah, comprei um guiazinho de Paris, porque o que eu emprestei da Folha é muito grande, e pode ficar de obra de referencia no hotel.

Saí de lá esgotada. Realmente nao gosto de shoppings e tenho real dificuldade e aflicao de coisas como centro de compras. Me parece tao futil, tao asseptico, tanto desperdicio de tempo e dinheiro... Mas estou muito feliz com meu tenis, meus pes agradeceram MUITO. Alias, ja aproveito pra dizer que nao sei se havera presentes, sempre fico achando estranho comprar uns imas de geladeira em formato de galo so pra dizer que isso é "um presente de Portugal". Acho impessoal, e se achar algo com a cara de alguem, levo, contanto que nao me pese na mala. Presentes para mim, fora o tenis, conto no proximo post.

Dali, peguei o autocarro até a praça Marques de Pombal (que parece, foi o cara que reconstrui Lisboa depois do terramoto de 1775). Ali esta o Parque Eduardo VII, que é uma praçona. Já estava escuro (já contei que aqui escurece só lá pelas 21h?). Ali esta a acontecer (risos) a Feira do Livro de Lisboa. Acabou no domingo, 17. Nada mais do que a praça imensa inteira (suas laterais) tomadas por banquinhas de editoras, livreiros, sebos e tal. Mas pra isso, era ncessario tempo e disposiçao, e eu já nao tinha esse ultimo atributo.


olho nessa barraca louca na feira do livro: era uma só de frituras

Segui entao para o Rossio, um das maiores praças e ponto central aqui da cidade velha. Tomei uma sopa de aspargos num restaurante italiano com garçons indianos (aqui tem muito indiano, provavelmente de Goa, uma outra ex-colonia de Portugal e africanos de todas as partes, principalmente das tambem ex-colonias de lá, como Angola, Mocambique, Guine etc). Normalzinho, só pra esquentar a barriga pra fazer a naninha cedo.


o indi estranhou quando pedi azeite

Próximo post: a rota do meu redescobrimento. Se segura, Cabral!

6 comentários:

Mayra disse...

adorei o texto, tá ficando muito mais a sua cara com as inserções das maluquices malucas. =)

- disse...

Ah, Fê, gira as imaens no paint mesmo. Ou então no próprio visualizador de imagens do windows, que tb tem essa opção. Se estiver no windows vista, é só clicar com o botão direito na imagem que ele te dá a opção de girar.

a propósito. Oi, Mayra!

Clayton disse...

esse aí de cima sou eu

Max Costa disse...

Eu te amo!
Impossível comentar tudo!
Mas você é a gaja mais gostosa e descolada atualmente viajando pela Europa!
Caraças!

Beatriz Antunes disse...

Que emoção, a parede do Fernando Lemos! Ontem foi o fotógrafo tirar o retrato dele, quando sair a matéria você vê. Mas que lindo, obrigada por postar essa lembrança! Agora... o surilouco foi inacreditável. Ao invés da cara escorrida dele você tinha que colocar a sua de quando viu ele ali, cuidando do "bando confinado" (mas tá escrevendo, a mulher!). A barraca de frituras néon é inacreditável. E como assim "Otário"? HAHAHA. Ai, que delícia, minha gente... esse blog é imperdível (isso escrito em neon, ok? com cheiro de gordura saindo pelas letras, certo?). Adorando, a adorar, enfim: bom demais. Coma e escreva sempre mais!

Paula Lake disse...

Ei, Fê, demais o blog!!! Maluquices tão gostosas que tô morrendo de vontade de ir pra Lisboa tb! (mas, ao contrário de vc, não entendo NADA do que eles falam, ó pa!)
bjim e se perca mais por aí