sábado, 16 de maio de 2009

Vestida com as roupas de Jorge (Dia 2 - 15.maio)

(O post de hoje vai sem fotos, porque estou morrendo de preguica de pegar o cabo e fazer todo o procedimento. Depois atualizo com fotos e um texto melhor. Os asteriscos que aparecem ao longo do texto indicam para mim mesma onde devo colocá´las posteriormente, entao relevem. E vai meio sem acento tambem, porque aqui o teclado tambem é muito chato de usar.)

Acordei super tarde por causa da virada da noite anterior. Tomei um banho meio frio e saí pro Castelo de Sao Jorge.

Peguei o bonde (que eles chamam de electrico) 28, um classico dos bondes daqui. Isso porque ele faz um caminho que abarca um monte de lugares legais e turisticos, e sem ser um bondinho turistico mesmo (porque os ha), acaba sendo, mas é mais barato. Eu estou usando o tal do Lisboa Card que comprei, nao me lembro agora se ja tinha falado sobre ele: 33,50 euros, com direito a andar de autocarro (onibus), metro (eles falam métro), electrico, comboio (trem) para Sintra e um monte de descontos em museus e afins. Por 72 horas. Mas acho que o bilhete pegou meu jetlag, porque já se passou o tempo e ele continua funcionando em todos os transportes que peguei, inclusive elevadores e funiculares (que sao uns bondinhos para descer e subir umas ladeiras muito ingremes). Para os museus, nao precisei, porque muitos eram grátis mesmo e outros usei a carteira de imprensa da Folha.

Desci no Miradouro de Santa Luzia *, lindo, o primeiro de muitos que visitei aqui em Lisboa (que é chamada de cidade das sete colinas, e por isso há miradouros por todas as partes. Miradouro é mirante, ó pá!)

Segui andando pelas ladeiras pelo bairro da Alfama, que é aquele bem típico daqui: ruelas estreitas, ingremes, com as casinhas antigas coladas, e um monte de roupa pendurada nas janelas. As ruas tem meio cheiro de Omo.*

Daí, se chega ao Castelo *. Ele propriamente dito, fica dentro das muralhas, onde também ficam mais casinhas e ruelas. E tem gente que mora mesmo ali, nao é só restaurante e loja. Isso torna a coisa mais interessante ainda.

O passeio no Castelo comeca em mais um miradouro, que é um dos mais altos. Depois tem um museu de arqueologia, e daí ele em si. Fui em todas as torres, no periscopio da torre de Ulisses (sim, Seda, é muito legal). Apareceram até uns pavoes, isso mesmo, PAVOES, soltos andando pelo pátio externo. Eles fazem barulho de buzina de estádio de futebol, sério.

Ô, coisa bonita de meu deus esse castelo. Uma coisa. Ele foi construído lá pelo ano 1100, e foi uma das poucas coisas que não desapareceram com o terramoto (é assim que se fala cá) de 1775. Acho que praticamente foi só o que ficou, junto com o bairro da Alfama, ali coladinho. O forte realmente era forte (haverá um capítulo especial para "Piadas Prontas & Histórias da Vida Real em Portugal", aguardem).


primeira carteirada: Castelo com entrada free!


Mais sobre o Castelo quando colocar as fotos (essa eu tinha colocado no rascunho do post), porque senáo nao tem graca.

E por falar nisso, saí do Castelo e segui subindo de bonde 28 para a Graca, que tem uma igreja meio nada de mais, e um miradouro lindo de onde se vé um bom resto de coisas que do castelo nao se ve, alem do proprio. Ali, entei numa pastelaria (padaria) e tomei um café com leite. Isso é importante porque acho que lá se váo uns 3, 4 meses que náo tomo café, com medo da gastrite. Pois nada passou até agora (e já se foram também várias bicas, nome da bebida por aqui). E um pastel de Belém que estava BEM bom.

Ali perto é onde funciona a Feira da Ladra. Como ela só funciona aos sabados e tercas, e nao fui lá ainda, nao sei o significado disso. Espero ir lá na terca agora descobrir.

Voltei de 28 para a cidade baixa, descendo agora em outro miradouro, o de Santa Catarina*. Que é um point de hippies, modernos, jovens, africanos estrangeiros, turistas, e uma perdida sozinha como eu. Fica todo mundo sentado no cháo tomando cerveja e fumando (nao vi nenhum cigarrinho de artista). A vista, mais uma vez, é linda. Fiquei lá bem pouco e desci no primeiro funilcular, o Elevador da Bica. Que náo é nada além de uma descida de ladeira em menos de 1 minuto.

O Elevador da Bica dá na Rua de Sao Paulo, e daí já estava no cais do Sodre de novo, que é na cidade baixa, e de onde saem comboios para Cascais e de onde se atravessa o Tejo para Cacilhas e Almada (vide post do dia 17.maio, ainda por vir)

A noite, meu amigo músico Guto, que conheci nos tempos de Unicamp, e mora aqui em Lisboa há quase 10 anos, acho, ia tocar n'algum lugar. Ele nao me disse onde era nos emails que trocamos antes de eu vir, entáo cacei no Google e encontrei o Ondajazz, que ia ter um show de um brasileiro percussionista. Bom, lá fui eu. Olhei o caminho no Google Maps e era a menos de 500 metros de onde estou, numa escadinha (aqui tem umas ruas que sáo escadinhas e esse é mesmo o nome delas) na frente do Campo das Cebolas.

Cheguei mais cedo para jantar um belo atum com limao e cebolas caramelizadas, mais cogumelos e fritas. Ia fazer uma surpresa pro Guto, mas na hora que o show comecou, a surpresa foi minha: nada dele. O saxofonista era mais novo, com mais cabelo, menos barriga. O cara principal apresentou a banda dizendo que o Guto tinha sido substituido na ultima hora. Eita, pensei. Dai, fiquei lá pra dar um tempinho, e na hora de ir embora, chega o amigo, com o dedo cortado, numa tala. Ficou mesmo surpreso. *

Dai, foi matar saudades, falar mal e bem do Brasil, de Portugal, da vida... E daí conheci um monte de gente legal e acabei chegando "em casa" as 5 da manha. Virada cultural numero 2!

No próximo post: o dia 3 e a parte moderna da cidade. O ótimo Museu Gulbenkian e a impressionante (e aflitiva) loja de departamentos El Corte Inglés, o Parque Eduardo VII, feira do livro e sopa de aspargos.

8 comentários:

klebo disse...

Vem cá, você só come peixe?

Cuidado com El Corte Inglés. É difícil não gastar uma graninha lá.

Seu blog tá muito bom. Parece que a gente tá viajando contigo. Quase dá pra sentir os gostos, os cheiros, as sensações...

continue a aproveitar,
bjs

Doroti disse...

Fer, não faz idéia da vontade que dá de ir a Prtugl lendo teus escritos. Espero pelas fotos.
Ah, e ... é imrpessão minha ou aí se usa comer em pratos retangulares? rs
beijos. Sigo te acompanhando

Max Costa disse...

Você já ta uma portuguesa bigoduda, foi? Até com sotaquinho das bermas lusas. E quantas estradas estão por vir.
E precisa de um texto melhor que esse?
Só faltam as fotos, que aguardamos como se a uma notícia vital!
Tome um Imperial por mim... ou muitos!

Beatriz Antunes disse...

Rará: tem até cenas do próximo capítulo. Delícia. bj

Unknown disse...

fergiu! vc tá divulgando as carteiradas (que eu comecei a espalhar...), daqui a pouco não vão mais deixar a gente entrar di grátis!!! hehe!
bjao e coma muito pastel de belém por nós!!!

Mayra disse...

tô amando, flor de maracujá.
ô saudade desse sotaque.

érica disse...

eita que te ler tá dando saudade conversar com vc. coisa bonita!

Vivi disse...

féfs!
q saudade de Lisboa!
E de você, coisa "gira"!
Meu, no el Corte inglés uma havaiana custava 36 euros!!!!
compra na zara q é mais legal!