quinta-feira, 11 de junho de 2009

Sagrada seja. Amém. (Dia 9 - 22.maio)

Como eu disse, esse era o dia de me mudar para o segundo albergue. Era 2 euros mais barato, do "lado bom" da Rambla e me pareceu acolhedor, pequeno, pouca gente, dava pra usar a cozinha e também a internet de madrugada.

Cheguei cedo e dormi no sofá da salinha esperando o checkin. Pensei no plano do dia: Sagrada Família, Parc Güell etc até chegar a hora de conhecer minha nova acomodação. Bem, as instalações comuns era bem agradáveis, mas na hora de chegar no quarto vi que tinha mudado da cadeia pro... campo de concentração!! HAHAHAHA.




Acho que eram 10 ou 11 beliches. Não tinha armário, então ficava tudo espalhado pelo chão.
Olhem a quantidade de gente, minha gente!


Bom, seria só mais aquela noite. Já tinha combinado com o Jair minha estadia no apartamento dele, já que ele ia viajar por 4 dias. Fui em busca da loucura da igreja Sagrada Família, projeto que o Gaudí começou a tocar em 1883 e ainda não está terminado. E falta coisa ainda, viu?

Antes, passei no Mercado Boquería, ali na Rambla. Lindo, lindo. E as coisas ali dentro me fizeram voltar a ser feliz novamente.










Não dá pra colocar todas as fotos aqui, então dêem uma olhada no Picasa.


Isso preto à dir. são os Dátils que comi com o argelino.

Fiz um kit de tapinhas com vários tipos de conservas (azeitonas com amêndoas, azeitonas "cruas", peperoncino com queijo feta, azeitonas com anchovas em conserva, anchovas frescas, polvinhos, e coisas que tenho que olhar nas fotos pra lembrar). Dois pãezinhos e um bocado de jamon serrano (tirado direto da perna do bicho). Só faltou uma cava, mas preferi carregar uma garrafona d´água.

Daí, resolvi também arriscar num tour nesses ônibus turísticos. Fazia quase 10 dias que eu andava anaisano os mapas, descobrindo coisas, me perdendo (o que é ótimo), resolvendo roteiros etc. E já que estava naquela cidade tão turística (tinha umas horas meio aflitivas, parecia uma micareta sem fim), resolvi ser guiada e ver no que aquilo ia dar. E foi bom, porque esses ônibus você os pode tomar em qualquer paragem do roteiro e subir e descer quantas vezes quiser durante o dia. Assim, eu ia olhando as coisas, descansando os pés, matando a saudade do português da terrinha no áudio do busão, conhecendo histórias e dados que não conheceria. Lá fui.

Bom, não vou contar toda a história da Sagrada. Uma coisa que indico para quem for é pegar o aúdioguia na entrada (4 euros) e se deliciar com a explicação das coisas. Sim, porque TUDO, absolutamente TUDO tem um porquê. E é tudo muito lindo, louco e genial. Até pra subir no alto de uma das torres tem que pagar o elevador, mas vale a pena.


A fila do elevador.


A obra-prima e a obra-obra.


Ô, lá em casa... Eu quero esses picapedreros!


Can you please take a picture? (without the bus, PLEASE?)



O autorretrato ficou melhor.


Uma vista lá de cima.

Saí de lá bem feliz, apesar da horda de turistas e suas câmeras maravilhosas, e fui pro Parc Güell de busãotur. Lindo também, mas muito cheio. Achei um cantinho num gramado e parti pra minha farofinha deliciosa.



Nham!



sonequinha no Güell. Sério, em todo parque e praia etc, eu dormia de babar.

Saí do parque mais feliz e fui pegar o busãotur pra o Camp Nou, o estádio do Barça. Aliás, a cidade estava tomada por bandeira, bandeirolas, paninhos, panões, tudo que se referia ao time, que dali a 5 dias ganharia a Copa dos Campeões em cima no Manchester. Mas o estádio já estava fechado, então peguei o busãotur de volta para a Plaza Catalunya, donde fui para a Rambla comer carne pela primeira vez na viagem! Estava com preguiça de ficar procurando, então entrei no primeiro restaurante "para fumadores". É que diferente de SP, em Barcelona a coisa é inteligente e democrática: quem quer fumar, fuma, quem não quer, não fuma. Ponto. Então tem pra os dois gostos, e as pessoas decidem o que querem fazer. Ponto.

Aqui, comi o menu do dia (todo lugar tem isso, Lisboa, Barça, Paris, provavelmente outros países: é como um menu executivo. Você come uma entrada, um prato principal e uma sobremesa, em alguns lugares ainda tem vinho, água e café. E sai por uns 12 euros em média. E é comida para caraças!): gazpacho, vitela com cogumelos e fritas, troquei a sobremesa pelo vinho e tomei um cafezinho.




Eles são melhores nos pescados. Ou era esse restaurante que nem era tão bom.

Pronta para dormir e acordar cedinho para mais uma troca de casa. Dessa vez, só poderia melhorar.

3 comentários:

klebo disse...

Adorei.

Beatriz Antunes disse...

Gostei especialmente da presença de uma Bic 4 Cores na mesa. Old school. E, Fô, essa sonequinha de meia de fora deu até vontade de ter um parque limpo em SP pra fazer igual. Mas o que tem de cóc (na sua língua) no gramado do Ibirapuera é desanimador. E eu JAMAIS conseguiria dormir num albergue desses. Campo ou prisão, os dois são meio deprimentes. Sai já daí, eu teria dito lá em maio.

fernanda giulietti disse...

Klebo, que bom que gostou, e que continua acompanhando. Gostei foi do site do seu apê à venda. Deu até vontade de comprar.

B, os parques são realmente uma coisa que faria de SP o melhor lugar o mundo, aqui e agora. E a Bic 4 cores foi proposital. Vai ter um post final com dicas onde estará explicado a importância de tal artefato.